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sexta-feira, 26 de maio de 2017

UMA QUINTA-FEIRA INESQUECÍVEL

Ele vibra, ele é fibra, muita libra já pesou e segue pesando, em cada vez em que veste o Manto Sagrado e comanda a torcida de dentro da quadra. Na base da raça, do amor e da paixão, ganhou tudo pelo Flamengo - e merecidamente foi eleito o MVP da final do NBB 2016.

Como se não bastasse todas essas credenciais, Olivinha ainda carrega uma glória muito especial, que tem em comum com o maior ídolo da história RubroNegra: a humildade. Humildade que leva esse cara cheio de títulos na carreira a, numa quinta feira à noite, topar uma incrível iniciativa do Flamengo de levar atletas às escolinhas do clube. Pois bem, às 20 horas deste 25 de maio de 2017, lá estava ele em plena quadra externa da Gávea compartilhando o que melhor sabe fazer juntamente em uma escolinha de... marmanjos.



Somos um grupo de pouco mais de meia dúzia de pessoas - adultos, a maioria na casa dos 30, 40 anos, alunos da primeira escola master de basquete do Flamengo. Loucos por basquete, dispostos a aprender um pouco mais do esporte, e que ficamos muito empolgados quando nosso "coach", Márcio, nos contou no início da semana que o Olivinha treinaria conosco.

Demorou, mas a quinta-feira chegou; e minha ansiedade desde a notícia converteu-se em alegria. Alegria de todos ali, meio incrédulos com o convidado especial que ali estava, completamente entusiasmados por dividirmos a quadra com quem estamos tão acostumados a aplaudir como torcedores e que, naquela hora, tivemos a sensação de sermos colegas de time - sim, porque Olivinha suou, correu, trocou passes e fez os exercícios que todos fazemos com a simplicidade e simpatia que lhes são características. E no fim da aula, claro, não podia faltar uma pelada em que ele, em seu melhor estilo, não apenas matou bolas de 3, fez enterradas e cansou de fazer rebotes - claro! - e assistências como também incentivou a todos ali, em high-fives, aplausos e gritos.

Éramos nós a nos sentirmos um pouquinho como colegas de Flamengo; era ele, generosamente, a ser mais um aluno do Márcio - que, ao fim da aula, pediu a palavra e disse que tê-lo ali conosco era algo que, de alguma forma, lhe fez sentir criança novamente. Era este o sentimento de todos, coach.

Olivinha, meu xará, que bom que também tive a chance de explicar, nas minhas palavras, por que você é tão querido por essa Nação: pelo simples fato de nos representar tão bem, seja na gana de querer pegar todo e qualquer rebote, seja na indignação por um lance perdido, seja na explosão de alegria em cada cesta. E faço questão de aqui repetir uma das frases que tive a felicidade de dizer para você: "Quer mostrar a qualquer atleta que chega ao Flamengo o que é defender esse clube? Basta mostrar o Olivinha em quadra".

Obrigado, Olivinha - pela humildade, pela generosidade, por encarnar tão bem o espírito RubroNegro e por ser esse nosso orgulho à parte dentro do "Orgulho da Nação"; e, para esse velho apaixonado pelo Flamengo e pelo basquete, obrigado pela emoção inesquecível desta noite de quinta-feira.


* * * 

Ainda teve autógrafo? Sim. Foto da camiseta autografada - a única de um jogador de basquete do Flamengo que tenho além da do Oscar Schmidt -, também.

Ah, e quase me esqueci da cereja do bolo: ao ser perguntado se vem renovação de contrato por aí, Olivinha respondeu sem hesitar: "Tomara que sim! É o que eu mais quero! Amo esse clube. No que depender de mim, me aposento aqui".

Acho que posso falar pelos outros 39.999.999: é a vontade da Nação, xará.

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Mais uma vez: parabéns e obrigado, Flamengo e gestores dos nossos Esportes Olímpicos  - Alexandre Póvoa, Marcelo Vido e equipe, por essa bela iniciativa em levar os atletas às escolinhas. Espetacular é pouco!


domingo, 28 de junho de 2015

Prazer. Eu sou jogador do Flamengo.

Fala, Nação! Pois é. Mais uma derrota, eu sei. Foi para um arquirrival, eu sei também. Que estava na lanterna do campeonato... É, tava ligado nisso também. Mas, na boa, a gente vai sair dessa. Leva fé. Ninguém tá abalado, todo mundo segue positivo. Eu, pelo menos, tô na boa. Sabe por quê?

Pra começar, amanhã tem folga. Depois de um jogo em que o time suou a camisa pra caramba, a gente merece, né? Ah, e se em 90 minutos a gente só deu um chute que foi mesmo no gol, pô, não vem forçar a barra. Pega leve. Faz que nem minha amada diretoria. Olha, não sei do que vocês estão reclamando, pois os dirigentes do Mengão são muuuuito gente fina. Na moral, meus parças dos outros clubes são loucos pra jogar no Flamengo. Geral com uma inveja sinistra. Eu entendo cada um deles: afinal, ganho bem, meu salário tá em dia e, em compensação, respeito diretinho minha programação de duas horinhas por dia de treinamento. É isso mesmo: duas horinhas. E nem preciso me justificar, pois fazem isso por mim, garantindo que isso é para extrair o máximo do atleta no menor tempo possível. Ó: nem sei se estão certos nessa parada, mas que eu tô curtindo demais, ah, tô!

Essa diretoria é tão maneira, mas tão maneira, que até preservar a nossa imagem os caras preservam. Antigamente, eu soube, rolava um papo de treinar pra cacete na Gávea. Ali, pertinho da torcida, dos sócios, das cobranças da torcida... Agora, não: isso só rola de vez em quando, e geralmente em clima de festinha. A maior parte das vezes a gente treina em Vargem Grande, que nem mesmo aquele tal de Google Maps sabe direito onde fica. E os poucos torcedores que ainda têm a manha de chegar lá são barrados na porta. Bom, né?

O quê? Você não tá concordando comigo, Nação? Fica relax na tua, mas eu te entendo. A grande maioria que te compõe não ganha cinco ou seis dígitos de salário que nem eu pra trabalhar tão pouco. Pior - ou melhor -, nem tem patrões tão gente fina. É do jogo. Mas vou prometer uma parada para vocês: ainda hoje eu faço uma foto maneira no Instagram prometendo empenho, garra e dedicação. Vou até fazer cara de mau. Prometo.

Eu poderia ficar falando mais com vocês, mas vou ter que ralar agora. Valeu a moral na torcida mais uma vez, mas novamente não deu. Vamos ver se damos mais sorte na próxima, mas contamos com a sua já calejada paciência, Nação, se a vitória não vier de novo. Falou? 

Agora deixa eu ir, antes que minha Stella esquente. Saudações!    

domingo, 24 de maio de 2015

Sem trabalho, não há como confiar

Todo ano ele faz tudo sempre igual. E quando esse "igual" é desastrosamente ruim, qualquer repetição é grave. Mais um início de Brasileirão em que o Flamengo manca, patina, tropeça feio. Escaldados com o passado recente, RubroNegros de diversas procedências começam a ligar os alertas; daqui, eu tenho também meus pensamentos sobre o que vivemos e, mesmo sem entender nada de nada de futebol, sendo apenas um torcedor de coração apertado com a situação, resolvi despejá-los por aqui em dois tópicos:

• Antes, claro, o "pré". O time fez preparação em Atibaia. O clube sempre afirmou haver um planejamento. Porém, o que se vê em campo é, antes de qualquer coisa, uma bagunça que não deveria existir em um time planejado. Talvez já tenhamos visto o Flamengo com elencos até inferiores ao atual, porém mais arrumados em campo. Essa zona não tem explicação.

Para arrumá-la, a palavra é uma: trabalho. E trabalho não condiz com a agenda de treinos que foi divulgada pela imprensa e cumprida pelo time nesta última semana. Peraí: os jogadores não recebem em dia? Não nos orgulhamos em afirmar isso? Então, temos toda a condição de exigir deles uma rotina de treinamentos bem pensada, bem preparada, bem...planejada.

Definitivamente, isso não é o que temos hoje - e essa responsabilidade não é dos jogadores, mas sim da comissão técnica que, por sua vez, precisa ser acompanhada e devidamente cobrada pela diretoria de futebol. E, claro, o diretor de futebol tem que responder por seu trabalho diante da vice-presidência de futebol.

Então, antes que se fale em quem pode vir e em quem pode sair, é preciso pensar no que temos hoje, e na melhor forma de se extrair desse grupo o melhor. Pagar em dia é essencial, mas sem trabalho técnico, tático e físico, o máximo que poderemos ter é uma dedicação sem qualquer melhor coordenação. E é pouco, muito pouco para qualquer clube que deva ter sempre pretensões maiores como o Flamengo.

O torcedor do Flamengo sabe que perder é do jogo; mas se recusa a entender que um clube que tem jogadores recebendo regularmente e que atuam sob o comando de um técnico prestigiado entreguem esse lixo que temos visto em campo. A cobrança tem que vir de cima pra baixo: o Presidente Eduardo Bandeira de Melo exigindo do VP de futebol, Alexandre Wrobel, Wrobel cobrando de Rodrigo Caetano; este, de Luxemburgo; e o treinador, de seus comandados.

A questão é simples: identificar de onde vem o problema e de onde essa corrente está sendo quebrada. Isso se, pior ainda, não sequer esteja existindo na prática. Mas é com urgência que precisa ser formada ou reestabelecida.

A cobrança, Flamengo, tem que começar de quem hoje está no clube.

• Agora, falando de reforços. Primeiramente, a diretoria tem que parar de se escorar nas possíveis contratações como a salvação da lavoura. Isso porque, por trás dessa afirmação, existe outra: a de que os que hoje lá estão não servem para o trabalho. E isso, amigos, é coisa que eu, você, qualquer torcedor, crítico, comentarista etc. pode dizer; menos, MENOS quem comanda o clube.

Me tornando repetitivo, afirmo novamente: o Flamengo é de quem o vive agora; e técnico e dirigentes afirmarem que tudo vai melhorar com a vinda de novos jogadores, seja esse discurso dito uma só vez ou repetido frequentemente, é algo que não ajuda em nada a moral da tropa. Por mim, a resposta única sobre o assunto "contratações" deveria ser: "Hoje, o Flamengo confia, cobra e tem que confiar e cobrar em quem lá está".

Enquanto isso, claro, deveria trabalhar pra trazer gente; e aprender de uma vez por todas que, se a tática do silêncio quanto aos nomes tem se provado interessante, melhor ainda é calar sobre qualquer possibilidade de vinda por todo o tempo. Assim, preserva-se os jogadores atuais e os que potencialmente virão.

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Talvez pudesse resumir tudo o que disse naquele velha frase de parachoque de caminhão e de saco de pão: "Trabalhe e confie". Um não existe sem o outro; e o que irrita é ver um clube que tanto nos orgulha no que diz respeito às finanças não entregar outro aspecto que demonstra o profissionalismo: o tal planejamento do departamento de futebol, tanto na teoria quanto na prática.

De novo: perder é do jogo. O problema não é quando a derrota não é de uma má sorte de um lance isolado ou de um momento mais competente do adversário, mas sim de uma postura que claramente evidencia um mau trabalho ou a ausência dele. E repetida. E parte de uma rotina que não nos é nova há tempos.

Querem que confiemos? Ok; mas o "trabalhe" não vem antes no ditado por acaso não, Flamengo.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Flamengo 1 x 1 Macaé - Eu só queria falar de futebol, mas não deixam

Sentar em frente ao computador para escrever um texto sobre futebol com a indignação te perturbando por conta de um revés: eis aí algo bastante comum, pois derrotas e desclassificações são do jogo. Agora, e quando o fracasso não tem nada a ver com o esporte? Ou pior: quando não só não tem a ver com esporte e seu clube não tem qualquer envolvimento direto com o mesmo a não ser o fato de ser uma vítima?

Quem me conhece sabe que eu odeio mimimi de arbitragem; porém, não dá para falar de reclamação infundada quando se assiste a episódios sequenciais e num pavoroso crescente a algo que é impossível não ser identificado como uma tramoia contra o Clube de Regatas do Flamengo - e cujo único ato não covarde foi justamente a declaração do novo mandatário do Vasco da Gama afirmando que sua agenda na volta ao poder seria "bater muito" no rival.

Engana-se, no entanto, quem acha que o "bater muito" diz respeito a qualquer êxito esportivo - aliás, engana-se feio, pois o desidratado clube de Eurico há tempos deixou de ser um rival na acepção real do termo, de "concorrente". Os prometidos golpes de Eurico começaram a tomar corpo na formação de uma espécie de clubinho, em que ele dá força a clubes e representantes pequenos (de uma federação ainda menor) e estes suportam Eurico no melhor estilo "gangue de adolescentes de filme adolescente de Sessão da Tarde".

O que vimos nesta semana - a polêmica dos ingressos, a truculência cretina de Rubens Lopes contra nosso presidente e, agora, um lamentável quiprocó pré jogo que, antes mesmo de ser devidamente investigado, já traz dedos em riste de parte da imprensa contra o nosso clube - é prova de que sempre é possível ficar pior, de que sempre dá para cavar mais fundo. E assim, o que já era desgraçadamente mantido, ainda que manco, cego e impotente, essa besta inútil chamada Campeonato Carioca, conseguiu ser pior ao se tornar definitivamente vil; e aquilo que um dia foi uma disputa interessante torna-se agora um pretexto supostamente esportivo para um bando de acéfalos que desconhecem o que de fato é a desportividade tentarem acabar com um clube que deveria lhes ser um exemplo a ser seguido, não uma ameaça a ser liquidada a todo custo.

Se você está aqui, ama o Flamengo; se você ama o Flamengo, sabe de tudo o que estou falando. E te pergunto: com tudo o que temos visto, dá para falar de futebol? 

Eu bem que queria; mas antes disso, infelizmente, terei que, ao seu lado e ao de todos os que carregam esse clube no coração, na alma e na pele, defendê-lo de tantos vermes, para que ele, num último ato desta disputa decrépita, possa mais uma vez conquistá-la e, em seguida, abandoná-la de vez àqueles que, de fato, a merecem, com suas várzeas, ranços e recalques infindáveis. 

Em memória do que um dia foi este tal campeonato estadual; em respeito ao esporte e a nossa própria história, que vençamos mais esta; e os derrotemos mais uma vez com as armas que lhes faltam - a bola, as palavras, a conduta e a ética - em nome da honra do Flamengo. 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Flamengo 1 x 4 Atlético - os dois merecedores

















Vou ser rápido, do jeito que a ocasião pede:

É preciso ser justo e, sempre, desportista. Por isso, o primeiro merecedor do título - e da classificação, lógico - foi o Atlético Mineiro. Levir Culpi escalou um time ofensivo, com apenas um volante, e a pressão de seu ataque surtiu efeito. Vão para uma final de Copa do Brasil muito fortalecidos. Reconheçamos: vitória justa.

E o segundo merecedor citado foi Vanderlei Luxemburgo. Se o Flamengo do primeiro tempo teve uma postura valente, e teve condições de aplicar golpes no adversário - o gol, através de nosso melhor jogador neste segundo semestre e numa de nossas melhores armas, que é a velocidade -, no segundo tempo fomos minados por três substituições inexplicáveis. De todos os que saíram, teria tirado apenas Eduardo, trazendo Gabriel para campo. E mesmo se ele não tivesse condição, seria então para colocar Igor Sartori ou Até mesmo Mugni.

No meu Flamengo, Luiz Antonio e Élton sequer iriam a Belo Horizonte, quanto mais entrar na partida; e Mattheus, por mim, ficaria de fora sobretudo pelo fator inexperiência. Não era mesmo para um garoto com poucos jogos disputados no ano entrar naquele momento.

"O medo de perder tira a vontade de ganhar". Na noite desta terça, quem diria, Luxemburgo foi vítima de sua própria frase. E com requintes de crueldade.

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Temos que saber separar e, mais uma vez, aplicar a justiça: se Luxemburgo tem participação direta na nossa eliminação por conta das infelizes substituições e da postura coletiva do time na segunda etapa, essa derrota não desabona o ótimo trabalho que fez com o time no Brasileirão. Uma coisa é uma coisa, outra é outra.

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Eduardo da Silva, não há gol que você possa fazer que justifique um toque ridículo de calcanhar que resulta num gol adversário numa partida dessas.

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Minhas palmas aos RubroNegros que fizeram bonito no Mineirão, cantando e apoiando o time. Que tenham uma boa volta ao Rio, e com paz aos de paz.

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No meu entendimento, faltam mais 3 pontos no Brasileirão para o ano acabar para a torcida. Para o time, o jogo só acaba quando termina...

...e para a diretoria, espero muito que nosso 2015 já tenha começado.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Flamengo 3 x 0 Chapecoense - contrariando a confusão















Sim, é um post sobre o jogo de ontem; mas, ao mesmo tempo, não deixa de ser uma espécie de retrospectiva recente do Flamengo. Um time que, longe de qualquer brilhantismo, ainda assim vem encantando a torcida não apenas pela entrega, mas pela capacidade que, meses atrás, jamais pensávamos conseguir atingir: a de ser, efetivamente, um time que joga bola junto para valer.

Com o perdão de qualquer pleonasmo acima e dos que eu ainda venha a soltar neste e nos próximos parágrafos, é bom demais chegar na segunda-feira e pensar sobre como os gols do Flamengo saíram: 2/3 foram de construção. Foram obras claras de colaboração. Se eu reproduzisse essa palavra junto aos que não acompanham esporte, provavelmente me perguntariam: "Não era para ser assim sempre o futebol?"; mas nós, RubroNegros, sabemos que isso era flamengamente impossível há bem pouco tempo atrás.

É, pois é. Costumo dizer que, em matéria de Flamengo, adoro queimar minha língua. Curto demais enxergar uma evolução evidente do Gabriel. Me alegro em ver Anderson Pico desafiar seu físico, correndo, batalhando, não desistindo de jogadas, para ser recompensado num petardo indefensável. Me divirto em ver Léo, questionado por tantos quanto ao preparo físico e psicológico para vergar o Manto, tabelando e cruzando. Me satisfaço em ver Nixon fazer não um, mas dois gols, sem que isso tenha sido por um lance fortuito, uma bola carambolada. Não: foi tudo merecido. Foi tudo na bola, na acepção mais respeitosa que essa expressão possa ter.

E, principalmente, me admiro com e bato palmas para um Luxemburgo mais comedido, mais focado, mais humilde, e que encontrou no futebol e no reconhecimento da confusão o melhor caminho para sairmos dela.

Ser Flamengo, acima de tudo, é, mesmo sendo maioria em qualquer canto da galáxia, contrariar o óbvio, derrotar o improvável, para o bem e para o mal. Felizmente, estamos novamente no caminho iluminado; e este, invariavelmente, passa pelo trabalho e pela vontade.

Este Flamengo, se não é excepcional, tem os dois; e uma Nação que joga junto. E como duvidar de novos imponderáveis caindo por terra? A ida para a final da Copa do Brasil é outro. Está chegando - e, do jeito que estamos, a dúvida pode ainda existir, mas está nas cordas, zonza, pedindo o nocaute.

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Para mim, Anderson Pico foi o melhor da partida, seguido de perto por Nixon e Canteros. Paulo Victor também voltou a ser fundamental. E gostei muito do Léo!

Pico, aliás, merece cuidado especial. Que se trabalhe, além de seu físico, seu psicológico. Mostrou que pode render muito mais se focar na perda de peso.

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Falando em contrariar, que tal a Flamengueira? Podemos já parar com essa besteirada de terceiro uniforme que não dá sorte?

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Que imensa alegria ver Wallace com a braçadeira de capitão do Flamengo. Feitos um para a outra.

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Sobre o time de quarta: Léo terá sua grande chance. Que arrebente! E acredito muito nele.

Minha maior preocupação seria a ausência de Éverton; porém, duvido de que ele deixe de jogar. Também acho que Gabriel vai a jogo.


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Vem batalha por aí na quarta. Que seja apenas no esporte. Temo pra valer a violência dos que, sob pretexto imbecil de defender seus times, possam machucar e até matar. Paz!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Flamengo 1 x 0 América-RN - o exemplo de Gabriel


















Quem, do Maracanã ou da TV, viu o jogo desta quarta feira, vai me entender bem: eu queria muito poder não falar uma sílaba sobre o primeiro tempo de Flamengo x América-RN - seguramente o mais feio, morrinhento e sonolento que presenciei no Maracanã em 2014 -, mas ele serve para ilustrar a pequena grande mudança promovida na segunda etapa.

O Flamengo não é um time brilhante. O Flamengo jogou no domingo contra o líder do Brasileirão. O Flamengo enfrentaria nesta quarta e, tendo a vantagem do resultado, um adversário de menor expressão e cheio de desfalques. Informações que bastariam para supormos que havia uma grande chance de não vermos exatamente um time cheio de sangue, de tesão, disposto a estraçalhar o adversário assim que a bola rolasse; por outro lado, também não precisava ser do jeito que foi. Mas não mesmo.

Se o Flamengo, à exceção de alguns jogadores, é um time lento - e por isso relativamente fácil de ser marcado -, quando abre mão de qualquer tentativa pelas pontas, aí mesmo é que a coisa azeda. Léo Moura e João Paulo não aproveitavam os corredores que com certa frequência o América nos deixava. Para piorar, até mesmo o azougue Éverton não andava bem. Fatos de, repetindo, um primeiro tempo sofrível.

No intervalo, o santo esporro luxemburguês deve ter comido solto, pois o time voltou com outra postura fisico-mental-espiritual e, em 5 minutos de jogo, fez mais do que nos 45 minutos anteriores completos. E nessa mudança, um cara se destacou: Gabriel.

Alto lá. O meia baiano não reinventou a roda, muito menos fez chover no Maracanã. Nada disso. Tudo o que Gabriel fez foi se propôr a aproveitar um espaço que lhe surgia sobretudo na parte direita do nosso ataque, resolvendo encarar os metros e metros que se abriam à sua frente para de fato desbravá-los como ninguém havia feito em qualquer dos flancos. Isso porque é mistério costumeiro, digno de Globo Repórter, a dificuldade frequente nossa, especialmente de nossos laterais, em não avançar pelos espaços livres que veem. Pois então: Gabriel resolveu contrariar essa pasmaceira; e, assim, mudou os rumos da partida.

Com esse ajuste, Gabriel não só se tornou uma solução para Léo Moura, fazendo boa dupla na direita, como ajudou a abrir oportunidades para João Paulo e Éverton na esquerda, quando a marcação em seu setor se reforçava e buscava auxílio dos colegas para inverter jogo. Embora tenha sido (positivamente) mais insistente pela direita, por capricho e - mais uma vez - aproveitamento, foi numa jogada que começou com ele do meio servindo Éverton na esquerda que a sorte lhe sorriu.

Ousadia? Inovação. Nada. Gabriel apenas entendeu a oportunidade. Correu, achou espaços no campo, e fez seu espaço na partida ser decisivo. Não à toa, saiu recompensado com o gol da vitória; e foi assim que o Flamengo, que não fez nada para merecer um resultado positivo na primeira metade do confronto com o América, trouxe para si um placar justíssimo pela segunda em que, efetivamente, resolveu jogar para ganhar. Não deveria ser assim sempre?

Você não precisa responder. Por ora, basta comemorar. Celebremos: estamos nas semis!

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Boa partida também de Paulo Victor - em que fez pelo menos duas defesas importantíssimas, garantindo a vitória - e do sempre lutador Cáceres.

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Luxa disse que não poupará ninguém no Brasileirão? Boa!

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Toda a força e desejo de pronta recuperação a Alecsandro.

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E eis que surgimos numa semifinal, tendo pela frente um velho freguês... Pode vir, Galo! E que o primeiro jogo seja lá. Sorteio é na sexta.

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Mano Menezes, boa pipoca para você que vai ver de casa!

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Gabriel, se você quer mesmo ser o Éverton do setor direito, a hora é essa.

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Demais a galera vendo pelos telões do Maraca o basquete do Flamengo em Orlando enfrentando o Magic. Parabéns pela iniciativa, Flamengo! E parabéns ao Orgulho da Nação. O "Campeão de tudo" está sendo um bom adversário em sua primeira pré-temporada de NBA, e os oponentes têm sido um aprendizado e tanto pra nós.